Atualmente, a água potável que abastece a maior parte da população é produzida através de Estações de Tratamento de Água – ETA que utilizam o tratamento convencional. O tratamento convencional consiste das etapas de coagulação/floculação, nas quais são adicionados produtos químicos, como sulfato de alumínio, policloreto de alumínio (PAC), polieletrólitos, entre outros, para desestabilizar as partículas em suspensão da água bruta, fazendo com que se aglomerem em flocos, e consequentemente sedimentem na etapa de decantação. Logo após, a água decantada passa ainda por filtração com areia para reter os sólidos remanescentes, desinfecção com agentes oxidantes, como o cloro, e eventualmente correção de pH e fluoretação. O tratamento convencional é consolidado e utilizado mundialmente, porém possui algumas características que exigem certa atenção. Uma delas é em relação às concentrações residuais de metais deixados na água tratada, devido aos coagulantes utilizados, principalmente o alumínio.
Embora o alumínio seja um elemento naturalmente presente no ambiente, os resíduos de alumínio na água, provenientes do uso do sulfato de alumínio ou de PAC de forma inadequada, podem contribuir para algumas doenças no organismo humano, como osteoporose, hiperatividade e dificuldade de aprendizado em crianças, e até mesmo para os males de Alzheimer e Parkinson. Devido a isso, deve haver um controle rígido para garantir que a água que abastece a população atenda aos limites estabelecidos na Portaria GM/MS Nº 888/2021.
Um processo de tratamento de água potável que vem ganhando cada vez mais espaço nas empresas de saneamento é a ultrafiltração.
A ultrafiltração utiliza membranas semipermeáveis que são capazes de reter partículas com diâmetros na faixa de 0,1 a 0,01 micrômetros. Isso inclui sólidos em suspensão, bactérias, vírus, algas e algumas substâncias orgânicas. A ultrafiltração é um processo físico que não envolve a adição de produtos químicos para coagulação ou desinfecção, apenas requer a aplicação de pressão para forçar a água passar através das membranas. Dessa forma, a ultrafiltração se apresenta como uma alternativa competitiva bastante interessante.
Mesmo não havendo necessidade de desinfecção, a adição de cloro na água tratada é obrigatória por lei, a fim de manter um residual de cloro livre na água durante a distribuição.
Eventualmente, em águas com turbidez muito elevada, pode-se utilizar a coagulação como pré-tratamento da ultrafiltração, com o objetivo de reduzir a frequência de limpeza das membranas e aumentar a recuperação. No entanto, o consumo de coagulante é significativamente menor que no tratamento convencional.
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