Um processo muito utilizado nas estações de tratamento de efluentes, o MBBR (Moving Bed Biofilm Reactor), se caracteriza pela utilização de Mídias, Biomídias ou Carriers, com variações que vão desde a fabricação em polietileno de alta densidade (PEAD) virgem ou reciclado até material têxtil.
Em especial falaremos um pouco mais das mídias em PEAD, pequenos elementos que podem se tornar uma solução para Estações de Tratamento de Efluentes que não possuem espaço físico para aumento de volume da capacidade de carga.
Desenvolvida nos anos 80, essa tecnologia não é tão recente assim, mas continua a se apresentar como uma ótima solução quando pensamos na possibilidade de não ter custos de construção civil de um novo tanque ou reator. Isso quer dizer que processos que contenham leito móvel (como as mídias por exemplo) tem maior confiabilidade e menor necessidade de espaço físico do que outros sistemas para tratamento de águas residuais.
Pequenas, porém notáveis, estas mídias tem uma extensa área superficial específica capaz de aumentar significativamente a capacidade de retenção de biomassa garantindo a melhora do desempenho do sistema, garantindo robustez e bons níveis de nutrientes e oxigênio dissolvido.
Essa tecnologia tem ampla aplicação em tratamento de efluentes, sejam municipais, industriais, aquicultura, desnitrificação e etc.
Os MBBRs associados a um sistema de aeração por ar difuso bem dimensionado garantirão a distribuição uniforme das mídias em suspensão dentro do reator e assim atender aos requisitos de oxigênio necessários para um bom desempenho.
Agora é só comprar biomídias e coloca-las dentro do tanque e pronto? Não. Separamos algumas dicas para ajudar neste processo de estudo e viabilidade de implantação:
- Faça o “dever de casa” e compare os custos de construção civil de tanque de aeração versus o custo de implantação das mídias. Cada caso é um caso e precisa ser estudado e planejado. Há várias variáveis que vão determinar isso, como custos com engenharia, projeto, materiais, valor de m² de terreno e etc.
- Procure por assessorias sérias e com experiência no dimensionamento das mídias e do retrofit do sistema de aeração, principalmente na demanda de ar deste sistema. Quando falamos em demanda de ar isso pode se traduzir em alterações de quantidade de ramais, número de difusores e em alguns casos diâmetro de tubulação de interligação e sopradores de ar.
Importante: Caso sejam empresas diferentes, informe sempre a intenção de implantar MBBR mesmo que futuramente.
- Cuidado com o arraste das mídias em suspensão para o processo seguinte, por isso é recomendável o uso de telas para evitar que as mídias passem para o decantador ou flotador.
- Prefira sistemas de aeração com difusores de bolhas grossas de aço inox. Os difusores de bolha fina tem uma taxa de transferência de oxigênio melhor, porém estão propensos a mais manutenção.
- Para sistemas de aeração que não sejam fabricados em aço inox preveja paradas e manutenções futuras. Isso quer dizer que tais manutenções, será necessário fazer a retirada das mídias, a menos que o sistema em questão seja removível.
É importante reforçar que reatores biológicos com leito móvel tem concentrações de lodo mais elevadas que sistemas convencionais, por conseguinte precisará também de uma boa transferência de oxigênio. Por este motivo, o dimensionamento do sistema de aeração vai ser crucial para o desempenho nominal da ETE.
Se você já se decidiu por implantar as mídias no seu tanque de aeração e agora precisa de mais informações e orçamentos para implantação ou adequação do seu sistema de aeração entre em contato conosco. Temos as informações precisas para o seu projeto.