Pouca gente sabe, mas o Brasil é um dos líderes mundiais na produção de couro, com o maior rebanho comercial do mercado mundial, colaborando positivamente para a balança comercial.
Segundo dados do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil, temos hoje aproximadamente 310 plantas curtidoras, 2800 indústrias de componentes para couro e calçados e 120 fábricas de máquinas e equipamentos, gerando 40.000 empregos diretos e movimentando U$$ 3 bi por ano. São diferentes cadeias produtivas fomentadas pela indústria do couro, entre as muitas, podemos destacar calçados e artefatos, móveis e automobilística.
E porque estamos apresentando estes números impressionantes?
Estes números impressionantes também expressam uma preocupação muito grande por parte do setor, que está em plena expansão, em minimizar os impactos ambientais, poluição da água, solo, ar e reduzir o uso de fontes não renováveis como a água.
A maior parte do processo produtivo dentro de um curtume, altamente químico, se dá em meio aquoso e o resultado disso é a geração de um efluente nocivo ao meio ambiente, além de um alto consumo de água. Nos últimos anos, houve endurecimento das exigências das autoridades e órgãos de controle nas indústrias de curtume a fim de fiscalizar e garantir que as leis e normas sejam cumpridas.
O reaproveitamento da água como insumo no processo produtivo, tem sido visto como uma das soluções não só para a redução de custos na indústria, mas principalmente na preservação ambiental. Para tal, é importante que o empresário dimensione corretamente a estação de tratamento de efluentes do curtume para que o efluente gerado passe pelo tratamento adequado.
Nos últimos anos notou-se uma crescente procura por parte das indústrias de curtume por sistemas de aeração por ar difuso. Foi registrado um aumento de mais de 30% no fornecimento de sistemas de aeração para este setor nos últimos dois anos. Interessadas em implantar ou melhorar o sistema de aeração por ar difuso da sua estação de tratamento de efluentes o setor entendeu que o ar difuso gera não só economia de energia na aeração do efluente, mas principalmente nas altas taxas de transferência de oxigênio. Em alguns destes fornecimentos vimos a participação do BNDES através de financiamento via FINAME como apoio e incentivo a estas indústrias para elas continuarem este processo de melhoria do meio ambiente.
Os investimentos para o setor de couros brasileiro devem continuar essa crescente. Nos últimos anos foram cerca de U$$ 300 mi destinados à melhoria e modernização de processos para garantir que o país permaneça como um dos líderes mundiais.
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Fontes: Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil. SEBRAE, Ideia de Negócios.
