No ano que o país viveu uma grave crise econômica que afetou a maior parte dos municípios brasileiros, em Rio Claro 2017 foi marcado pelo avanço e pela modernização do sistema de saneamento básico. Por ser um dos primeiros municípios brasileiros a firmar há dez anos um contrato de Parceria Público-Privada (PPP) para a prestação de serviços de esgotamento sanitário, Rio Claro atualmente se destaca pela inovação nesta área. Com todo o esgoto da cidade sendo coletado e oito estações de tratamento de esgoto em funcionamento – sendo quatro em área urbana e outras quatro nos distritos municipais – Rio Claro fecha 2017 como pioneira ao colocar em operação a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Jardim Novo.
A nova estação tem como diferencial a tecnologia NEREDA®. Um inovador sistema desenvolvido na Holanda mais avançado e eficiente. A BRK Ambiental, concessionária responsável pelos serviços de esgoto no município, informa que a planta de Rio Claro é a segunda do Brasil e a primeira no estado de São Paulo a operar com essa nova tecnologia. Outras quatro unidades estão em fase de projeto e/ou em construção em outros municípios do país. A empresa fez uma parceria de transferência de tecnologia para utilização do sistema no Brasil.
O gerente de operações da BRK Ambiental, Alexandre Leite, explica que com as regulações ambientais cada vez mais rigorosas tem se demandado processos de tratamento também cada vez mais complexos e eficazes. “Com a adoção dessa nova tecnologia em Rio Claro, damos um importante salto em inovação. Todos os processos biológicos de tratamento do esgoto, que em outros sistemas ocorrem separadamente, neste método acontecem simultaneamente e, o mais importante, com respeito a todas as eficiências legais de meio ambiente”, disse.
Construída em uma área de mais de 50 mil metros, a ETE Jardim Novo recebe o esgoto de uma região de 90 mil pessoas e tem capacidade para tratar até 23 milhões de litros de esgoto por dia. Com alto nível de automação e monitoramento em tempo integral, a ETE Jardim Novo já recebeu 6,6 bilhões de litros de esgoto, desde que entrou em operação. Isso significa o mesmo volume de 2.640 piscinas olímpicas ou de mais de 13 milhões de caixas d´água residenciais de 500 litros. Com todo esse volume de esgoto sendo tratado antes de ser lançado em curso d´água, o Córrego da Servidão foi recuperado e hoje encontra-se despoluído. “A despoluição do Córrego da Servidão e também do Ribeirão Claro – trabalho concluído em 2010 – são exemplos de ações locais capazes de gerar benefícios regionais. Como os rios despoluídos são afluentes do Rio Corumbataí, esse trabalho é percebido também em Piracicaba – município vizinho – que utiliza esse manancial como principal fonte para captação de água”, destaca Leite.
Embora todos os investimentos realizados com a inovação em esgotamento sanitário nem sempre sejam perceptíveis para os rio-clarenses – por se encontrarem afastados da área urbana – os resultados ambientais, econômicos e sociais já são uma realidade. Rio Claro tem demonstrado para todo o país a capacidade de vencer o desafio da ampliação do acesso a coleta e ao tratamento de esgoto em área urbanas.
fonte:https://www.brkambiental.com.br/