Na grande maioria das estações de tratamento de esgoto (ETEs), o lodo biológico é o resíduo sólido gerado em maior quantidade, sendo responsável por um dos maiores custos operacionais, devido principalmente aos serviços de transporte e destinação do material.
O lodo possui grande potencial para ser utilizado na agricultura e para queima. Porém, ainda hoje, o principal destino para o lodo é o aterro sanitário. Apenas uma pequena parcela é encaminhada para usinas de compostagem, que muitas vezes cobram preços semelhantes aos aterros.
Um dos principais motivos que faz com que o lodo seja encaminhado para aterros, ou compostagem, é a sua alta concentração de organismos patogênicos e água. Em estações de médio e grande porte, o lodo geralmente é apenas desidratado em equipamentos mecânicos, como por exemplo os decanters centrífugos, e em seguida é enviado para disposição. Porém, o lodo desidratado ainda possui mais de 75% de água, e a desidratação até este teor de umidade não é suficiente para reduzir suficientemente os patógenos. Ou seja, com estas características, o lodo não pode ser aproveitado diretamente, necessitando de tratamento complementar para isso.
Segundo a Resolução Conama nº 498/2020, para o lodo de esgoto ser utilizado na agricultura, ele deve passar por algum processo de redução dos patógenos. A maioria dos processos recomendados pela Resolução, para este fim, está relacionada à redução da umidade e ao aumento da temperatura do lodo.
Já para aproveitamento energético, o lodo desidratado também deve ter seu teor de umidade reduzido, pois quanto maior a concentração de água, menor será o seu poder calorífico.
Uma alternativa utilizada para tratamento do lodo em diversos lugares do mundo, e agora disponível no Brasil, é o secador solar de lodo. Este sistema cria artificialmente um efeito estufa para evaporação da água do lodo. O sistema opera com baixas temperaturas e é altamente eficiente. O teor de água do lodo seco pode chegar a menos de 10% em aproximadamente 20 dias (estes números podem variar dependendo das características do lodo e do local).”
A partir deste processo há vários benefícios econômicos e ambientais:
– Possibilidade de utilização do lodo na agricultura;
– Adequação do lodo para aproveitamento energético ou pirólise;
– Redução aproximada de 70% do volume de lodo a ser transportado e destinado, em comparação ao lodo desidratado, reduzindo assim em torno de 83% os custos de disposição final do lodo;
– Redução do CO2 emitido por caminhões transportando lodo nas estradas;
– O aproveitamento do lodo promove a economia circular, tornando o processo mais sustentável;
– O processo de secagem solar acontece dentro da própria ETE, reduzindo custos com a logística do lodo;
– O lodo que antes era uma questão de alto custo operacional, pode se tornar uma receita para a empresa;
– Caso a destinação continue sendo em aterro sanitário, haverá uma diminuição significativa do volume de lodo a ser descartado, afetando menos a capacidade do aterro.
Na imagem abaixo é mostrada a logística e a destinação convencional do lodo de ETE no Brasil e, como alternativa, a inclusão do secador solar e seus benefícios.
A @B&FDias trouxe esta tecnologia da Europa e já está comercializando o sistema aqui no Brasil. Você pode conhecer um pouco mais sobre o secador solar nas imagens abaixo.
Entre em contato com a B&F Dias para saber mais sobre o sistema e solicitar um orçamento: https://bfdias.com.br/sistema-de-secagem-solar-de-lodo/